sábado, 14 de setembro de 2013

Manobras

As pressões quase familiares no TRE para salvar mandato do prefeito de Baraúna

Por:  Thaísa Galvão
Nos bastidores do TRE, até entre os técnicos que circulam para lá e para cá com documentos poderosos e sigilosos, só se fala nas pressões que o desembargador Virgílio Macedo vem sofrendo para votar, como substituto do desembargador João Rebouças, no processo de cassação do prefeito de Baraúna, Isoares Martins (PR).
Rebouças já havia declarado suspeição para não votar, pelo envolvimento de um genro no processo.
Macedo, até então, não tinha se manifestado para atuar no caso como juiz substituto, mesmo o caso já vindo se arrastando há mais de um mês.
Agora, mesmo com 4 votos já declarados, e o resultado praticamente conhecido, só a esquisita entrada de Macedo é capaz de alterar o placar e salvar o prefeito da cassação.
No vai e vem dos corredores do TRE, funcionários da confraria dos que sabem tudo, só falam do trabalho insistente de um advogado quase parente de um membro poderoso do Tribunal para empatar o placar e favorecer o prefeito de Baraúna.
Mas aí, num provável caso de empate, ainda resta o voto do presidente da Corte, Amilcar Maia.
Que num gesto de moralização da Justiça, assim que tomou posse, aprovou emenda ao regimento da Corte, tirando do presidente a missão de votar em processos de cassação, devendo o titular do cargo só se pronunciar em casos de empate.
A medida do presidente Amilcar Maia foi feita exatamente para evitar pressões.
Resta saber se, em dando certo o jogo do empate, o presidente do TRE vai se livrar das pressões do quase parente poderoso

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